Telegrama que chega ao acaso com a noite fria. Henri e eu mergulhados em teoremas, sonetos e cachaça barata. A mensagem conduzia e ritmava o pulsar no meu peito como o tati-bitate de um relógio descompassado.
Chega a madrugada. Henri apagado em guimbas de cigarros Kingston e arrotos de fonemas breves e desalinhados.
Vento espancando as janelas da sala. Impaciente vagando por cada cômodo eu a sentia em cada extremo, tangibilizando a noção de movimento e cor, de harmonia e música... Como uma tela de Kandinsky.
Pincel, pastel, papel encontrado no lixo, o processo se prolonga em horas...
"Saudades, sua Maria" foram as palavras dela.
Henri Salinas aos roncos não parecia estar muito envolvido nos planos por mim tramados, espero que ele leia isso caso acorde no meio da madrugada.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
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Catavento, cheguei tarde, ou foi um vento desastrado que me arrastara?
ResponderExcluirEstou aqui companheiro, façamos desta viagem, uma coisa rara!
Confeccionemos para o mundo, uma obra que valha!
ARTE meu amigo, antes que seja tarde!
ResponderExcluirE tarde não chegaste, pois só és quem deflagro pelo tempo da tua ausência, posto que tua ausência nesse espaço até então é um mar de histórias em sua vida de poeta-barão.
Ausência esta que trouxe tua permanência nas minhas percepções, pois mesmo sem a verbalização posta, tu vivo já te encontravas neste singelo conto de fadas!
E sim, faremos valer, sei que faremos!