Matisse de Frente para Revolução
Descontente com o trato dado aos nativos e após uma série de atentados anti-árabes desencadeados por colonos direitistas Matisse escapa de seu posto militar e funda a Frente de Libertação Nacional (FLN), afim de lutar pela independência Argelina. A FLN responde com atentados nas cidades e guerrilha nos campos. Em 1958, com o Golpe Militar na Argélia, Henri, agora um rebelde, é torturado e exilado juntamente com outros companheiros que fundam a cidade do Cairo, no Egito.
Em tempos de Guerra Fria, corrida armamentista, Charles de Gaulle no poder em 59 juntamente com o homem na Lua e tantas outras ocorrências emblemáticas, históricas e muitas vezes cruéis ao redor do globo terrestre Matisse encontra-se enclausurado, distante de sua arte, desesperançoso e doente do mundo. Proclama seu próprio exílio no deserto do Saara, no intuito de encontrar na solidão seu maior resguardo. Para sua surpresa, em sua árdua viagem depara-se com um avião afogado no mar de areia do deserto africano. Eis que surge Dumont dos Santos Exupery, um desbravador dos céus sufocado pela grandeza e poder dos imensos balcões de areia do Saara. Exupery não lembrava como fora parar ali, apenas falava insessantemente de um pequeno amigo que fizera no tempo em que permanecia no deserto. Definhava-se em lágrimas derradeiras pelo amigo que se fora, num ritmo bucólico e inconstante, alegre e completo pela plenitude de compartilhar, mas angustiado e triste pela falta que lhe consumia.
Salinas ajuda no conserto do motor do avião no qual Dumont já trabalhava a mais de 6 anos. A amizade entre os 2 se fortalece e Henri parece trazer novamente o sorriso à Exupery. Falavam de todo tipo de coisa iluminados pelo véu de estrelas que cobriam o Saara. Decidem juntos partir para o sul do continente americano decididos a fugir dos pólos de descontentamento declarados na Europa, África, União Soviética e Estados Unidos.
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