terça-feira, 21 de julho de 2009

O Velho e a Moça

a semente do teu amor de filha
não se perde no desalento de uma dor
e o que escapa nesse pranto derradeiro
é a medida certa, a espera que te cerca

e se agora a morte soa, tal como erva daninha
não se espante que um dia te encantes
no reencontro de um pai e sua doce filha

*poema à uma filha dedicada, em luto dada a morte de seu pai
**escrito em 20 de julho de 2009

Um comentário:

  1. Caro amigo, como bem sabes, não há o que comentar, quando tudo de coração e tão bem dito já foi inscrito. Mas se ouso ainda um pós-dito, digo-te que ponho por novas as tuas próprias palavras, e assim; remodelando-as, talvez diga o que tu pensastes também...



    A semente do amor de filha
    Quando a dor desalenta e se perde.
    Derradeiro o escapar do pranto,
    Quando certa cerca espera comedidamente.

    Erva daninha,
    Tal qual a sorte de minha morte soa
    Antes que tu espantes, te encantes,
    Pois o reencontro é o que antecede o pranto.



    Assim, bem vês; faço minhas as tuas palavras, para um momento doloroso e único.

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